A origem da contaminação de flúor na água subterrânea por isótopos de estrôncio, oxigênio e hidrogênio: um caso na Grande São Paulo
2008 - 2010
O volume de água subterrânea utilizada por indústrias e condomínios, na Grande São Paulo representa 12% da água distribuída pela companhia de abastecimento público. Esse número pode aumentar, uma vez que há previsões para diminuição de disponibilidade de água, na região Metropolitana de São Paulo. Manter a qualidade das águas subterrâneas é de fundamental importância. Poços Tubulares de 50 a 300 metros de profundidade, vêm apresentando amostras de água com elevadas concentrações de fluoreto (10-20 mg/L), na região da Barra Funda, São Paulo. O limite estabelecido pela Portaria n 518/2004 do Ministério da Saúde é de 1,5 mg/L. Alguns poços na região são utilizados para consumo humano e deverão ser interditados. Serão aplicadas técnicas com isótopos estáveis e radiogênicos, ótimos traçadores de contaminação para identificar diferentes fontes de recarga do aqüífero, que terão diferentes assinaturas isotópicas. A precisão das análises isotópicas permite identificar pequenas diferenças nas razões e concentrações, que caracterizarão essas diferentes fontes da água subterrânea, ajudando na identificação da fonte de contaminação. Com a caracterização isotópica das possíveis fontes, espera-se definir a origem da contaminação de fluoreto na região, ou minimamente, identificar se a origem é geogênica ou antropogênica, subsidiando as próximas ações tanto da CETESB, quanto da Vigilância Sanitária da Prefeitura Municipal de São Paulo. A metodologia aplicada poderá subsidiar a investigação de outros casos de contaminação, cuja origem não é claramente pré-definida.
Integrantes: (Ricardo Hirata), Reginaldo Antônio Bertolo, Veridiana Martins.
Financiador(es): Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - Auxílio financeiro.